7.10.13

POST 2. COLETIVO

Esgueiro-me por entre corpos estupidamente estáticos, busco espaço onde não há. (Então é assim que cheira gado humano?). Por fim, estaciono.

O contato físico, sem qualquer correspondente afetivo, violenta. Soft-estupro.

Vai e vem de frenadas e arranques! Bichos confinados, desconfiados.

Paus e bundas se roçando o tempo todo. Cheiro de boceta na minha orelha que se sobrepõe a todos os outros: manhã de sorte. Às vezes o ombro é cabide de pica, e tento me encolher até sumir.

Mas aquela boazuda ali, ela deve sofrer. Coitada da boazuda, atrai mãos e quadris estrategicamente distraídos como atraio desgraça.
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Todos percebem, ninguém demonstra. A dissimulação é um dom coletivo na orgia matinal.